“Parabéns Brasília Renascendo aos 51 anos”
Estava dirigindo pela cidade nesta semana quando em um retorno me
deparei com uma faixa amarela com esta frase: “Parabéns Brasília Renascendo aos
51 anos”. Pensei: nossa! Está todo mundo sabendo?????.rs
Pois assim,
exatamente assim, ando me sentindo atualmente. Só que, não lembro-me se no meu
próprio nascimento, eu sofri tanto. Afinal sair do calorzinho do líquido
amniótico e se deparar com os barulhos e pessoas diferentes, profissionais que
fazem aquele trabalho cotidianamente, sem emoção- e o que é absolutamente
normal - pois é o trabalho cotidiano deles- e mergulhada em emoção, remeto-me
ao momento mais sublime que é o nascimento de um filho para a pessoa que mais
te ama, dentre os outros que emocionados, comemoram seu nascimento. Ainda assim,
ela, muito feliz em te vir renascendo para o mundo- sim porque para a sua mãe
você já está vivo e com bastante intimidade com ela desde o tempo da gestação.
Pois é, voltando a
Brasília, ainda não senti o renascimento da Capital Federal. Creio que está em
processo de gestação para o pai,- o senhor Governador.
Um pai e uma mãe
que planejam um filho fazem o enxoval contando com uma verba destinada por
recursos próprios e para este fim e, seguem estudando e pesquisando informações
para não só o parto (eleições), mas para o
processo de formação do filho. Sempre oferecendo o melhor possível e contando
com a assessoria mais qualificada para desempenhar o papel de gestor da
formação de seu rebento.
Ensimesmada em meus
51 anos, reflito. Estou nesse processo, de rever tudo. Minha profissão, minha
relação com a família, minha relação comigo mesma. Delimitar minha área, meu
canto, minha posição no mundo em que me coloquei um pouco a deriva. Dói. Dói
muito. Afinal estava tão quentinho viver sempre otimista, sabendo que “se algo
der errado, “com certeza alguém me ajuda”. Estava tão gostosinho e acolhedor o
ambiente da alienação emocional (não encontrei outro termo). Mas afinal terei
que sair daqui dizendo: vim, vi e venci. Sempre disse a mim mesma que sairia
daqui melhor de como cheguei. Nunca refleti sobre isto a fundo, mas sabia que
queria buscar ser um ser humano melhor sempre.
A gente sonha e
pensa que traçou uma meta, depois percebe que se distrai e muda o rumo...pode
ser ótimo, divertido, mas também pode ser um caminho sem volta. Garantia de
voltar não temos, mas procurar o caminho de volta é obrigatório. Há algo de
embriagante nisso tudo.
O Ministério da
saúde adverte: “não retomar o controle de sua vida faz mal a muitas vidas que
você envolve além da sua” (Concluí)
Vamos renascer juntas aos 51 anos Brasília?
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