Sempre adorei os SÁBADOS desde criança. Um dia falo melhor o
porquê deste gosto. Quanto à hoje, sabe quando você passa a semana inteira
fazendo mentalmente a agenda do seu próximo sábado, do tipo: vou dormir sem
hora para acordar, tomar um saudável café da manhã como todos os dias-isso é
bom até aos domingos- depois vou logo à academia, porque assim o dia fica livre
para "chutar o pau da barraca" com uma ocasional feijoada com
cervejinha (gosto do marido) e o que der vontade de fazer no decorrer. Então
chegou o sábado. Após dias acordando às 7h para correr com o banho e café da
manhã para "bater o ponto eletrônico" em meu trabalho às 08h30min
voltando ao almoço e seguindo correndo de volta, até o ponto final das 18h30m.
Ufa! E logo eu que fugi disso a vida inteira: horários delimitados! Vida de
servidor público! Olha que estou tentando voltar à vida produtiva. Refiro-me a
produtividade independente de horário.
Sei que a iniciativa privada muitas vezes não permite horário para
começar e acabar, mas ainda assim, muito saborosa para a minha alma o trabalho
nesta atividade com gosto de “liberdade”!
Chegou o sábado! Após você ter ido à missa de formatura do
enteado-primeiro formando da prole do maridão- tudo no meio da semana em que
deu tempo apenas de retocar a maquiagem e chegar atrasada, como também no dia
seguinte, mas em tempo de fotografá-lo recebendo o "canudo" na
Colação de Grau, então você pensa: “a mãe dele partiu pro “céu” há um mês, a
família dos dois lados reunida muito emocionada e, você completamente sem jeito
tem que contribuir do seu jeito “ meio sem jeito” mesmo, para fugir
urgentemente de parecer que quer substituir a insubstituível presença.
Ainda assim tem que participar para não fugir ao seu velho
estilo prestativa, além de agora substituir sim, o pai, na função deste
registro, pois a timidez dele não o permite se dirigir ao
"gargarejo"- ele também é de TI- (estes caras odeiam
"aparecer"). Então disparada, socorrendo o maridão que estava
registrando apenas uns “pontinhos com partes brancas”, os rostos e as togas
pretas, de lá do fundão, tomei a máquina de suas mãos e corri ao gargarejo o
mais próximo dos fotógrafos e dos mestres e, ainda de joelhos, lá na frente de
todas as famílias que atrás se mantinham sentadas, continuei
ajoelhada,-até para ser mais discreta, no velho estilo dos Flaeschen- de
máquina "profissional" em punho permaneci desde a chamada do primeiro
formando- que eram mais de 100 - e só me dei conta pela dor nos joelhos, afinal
o enteado emocionado pela falta da presença da mãe, seria um dos últimos a ser
chamado, porque seu nome começa com R (o que o amor não faz...) imaginei que haveria
um monte de seguidores ajoelhados, porém fiquei "de cara" quando vi
que as pessoas com máquinas atrás de mim estavam em pé e nem aí para quem
estava sem a visão de seu filho, sobrinho, neto ou amigo, em um dia tão
significativo! Afinal, aqueles estudantes estavam livrando-se da faculdade, das
provas, da monografia e dos horários. Assim a gente se dá conta que os tais
primeiros "pontos a bater" em sua vida, começaram na escola com as
chamadas para a conferência de presença que iniciam na pré-escola. Ok! É
"Sábado", claro! A gente percebe quando o marido te acorda abraçando,
(eu aqui sorrindo). Porque durante a semana não dá né. Você acorda primeiro e
sai correndo para o banho! No sábado a gente até faz o café juntos, e!
São 11h e eu ainda nem tirei a camisola, não fui à academia...
atendi ao telefonema da filha que mora em Porto Alegre, liguei para o filho de
Garopaba -SC só para saber se já está marcada a ecografia sobre o sexo do meu
netinho/a.
Já deu meio dia e você ainda não foi à academia. Mas ao saber
pelos filhos que há promoção de passagens, você liga seu note para checar isso
logo. IMPORTANTÍSSIMO! Pois eles tão empolgados te convidando para ir até o sul.
Que lindo! Será que estão com saudades?!
Ok, abrindo seu note descobre em suas mensagens que sua nora
grávida tem um blog chamado "meus sete meses" em que já está
relatando a vida uterina de seu neto (a)! Ora! Academia? Passagens? Peraí, irei
ler isso logo e postar meus comentários, afinal vou ser avó pela primeira vez e
dizem que nem tenho cara de avó. Qual cara tem uma avó?!?! Alguém pode me dizer
se é preciso deixar os cabelos brancos à mostra, usar vestidos de bolinhas e
tricotar os primeiros sapatinhos numa poltrona assistindo a uma novela? Os
cabelos brancos? Já os tenho, mas apenas numa mecha ao lado direito que faço
questão de retocá-las com tintas castanhas, para não parecer a “Cruela”, aquele
personagem do filme "101 Dálmatas". Porque adoro acessórios com estas
estampas de felinos. Até tenho vestidos de bolinhas em preto e branco, mas o
Eduardo diz que pareço uma senhora quando o visto. Pode? E o que sou?
Já são duas da tarde e você é convidada a abrir seu próprio blog
durante a “bisbilhotagem” do blog de sua nora.
Opa!!! Era tudo que eu queria há um ano e vivia comentando com o marido
que também é o meu consultor web- sobre a cara de meu blog o conteúdo, as
inspirações que surgiam em várias situações em que eu dizia: "isso vou
comentar no meu blog", até já tem logomarca prontinha. Estava adiando por
pensar que ainda ia ter que arranjar um tempinho para criar primeiro uma
identidade visual, contratar web designer, etc. Que nada gente! Dá para começar
com um modelo que o site oferece. Depois você pega uma consultoria e faz ficar
mais com a sua cara! Mas comece até sem foto, só para não perder a
oportunidade. Ual!!! Nossa! Três da tarde e ainda estou de camisola sem fome
alguma e já postando este relato no "Meu Blog" J URHUUU ainda
o amor ! O que não se faz em nome dele. O filho, a nora, o neto (a). E, nada de
academia, nem feijoada e, a cervejinha? O maridão já tomou em casa mesmo e está
ultra a vontade atrás de mim, no mesmo sofá em que estava me acompanhando nesta
"realização de vida"! Ele está "tirando uma soneca", afinal
é a sua folga num sábado. Enquanto estou alucinada como quem ganha um brinquedo
novo! Agora vou olhar as passagens e continuar o meu dia de folga seguindo a
filosofia do sábio do século 21: Zeca Pagodinho em que diz em suas
manifestações musicais, cantaroladas no samba que nos remete à feijoada com
cerveja: “... deixa a vida me levar, vida leva eu" assim continuo o meu
dia de folga... Num Sábado!